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terça-feira, junho 22, 2010

Etanol impede o desenvolvimento de carro elétrico

Por: Diogo Vargas

Tecnologia usada em veículos flex desestimula desenvolvimento de veículos movidos a energia elétrica

Etanol impede o desenvolvimento de carro elétrico

Divulgação


Jornal da Manhã
Patrick Santos
O uso do álcool como combustível tem barrado o desenvolvimento do veículo elétrico no Brasil. O apoio à produção de carros 100% elétricos na Europa, no Japão e nos Estados Unidos não tem a mesma aprovação em nosso país por conta da forte ligação com

Em entrevista ao repórter Patrick Santos, Raul Beck, responsável técnico dos sistemas de energia do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Telecomunicações (CPqD), apontou que há um embate entre uma solução caseira para os transportes e a solução global, o que, dentro de algum tempo, deve fazer prevalecer a tecnologia mundial.

“Nós temos uma matriz energética muito limpa, muito pura. Energia elétrica com geração de hidrelétricas, matriz de combustíveis utilizando muito álcool e biocombustível. Mas essa é uma realidade brasileira e nós estamos inseridos num contexto mundial, quer queira ou não. E o resto do mundo não tem essas facilidades que nós temos. Então, certamente, o resto do mundo vai achar soluções diferentes da nossa e que, de certa forma, vão estar competindo com as nossas soluções. Agora é uma solução brasileira contra uma solução do resto do mundo. Em um certo momento, eu creio que esse jogo de forças vai pesar pra uma solução mundial”, apontou Raul Beck.

Porém, para o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Sérgio Reze, mesmo com a tendência do desenvolvimento da tecnologia elétrica, ainda há um longo caminho até que esse tipo de veículo passe a competir com a tecnologia flex. Por enquanto, o carro elétrico é muito caro e só ocupa um nicho específico de mercado.

“O carro elétrico aqui no Brasil, por enquanto, é uma miragem. Ele é um tipo de veículo que pessoas de altíssimo poder aquisitivo vão poder ter. Então é nicho de mercado. A infraestrutura de abastecimento das baterias para o veículo elétrico é uma infraestrutura enorme. O processo de desenvolvimento tecnológico vai acontecer, mas é coisa para daqui a 10 anos”, afirmou Sérgio Reze.

Além dos altos preços, os veículos elétricos ainda acirrariam o problema do lixo eletrônico. Ainda não estamos preparados para conseguir descartar as baterias em grande escala, o que pode vir a comprometer o motivo inicial do desenvolvimento dessa tecnologia, que é, em sentido amplo, proteger o meio ambiente.


Um comentário:

  1. Essa é uma regra, não que Europa e EUA são mais politicamente corretos com relação ao meio ambiente que o Brasil, isso é uma questão de intereesse econômico, se fossem os europeus os maiores produtores de Etanol, duvido muito de que os carros elétricos seriam tão apoiados no lado de lá. Interesses econômicos e políticos sempre a frente que qualquer interesse ambiental.

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