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terça-feira, junho 08, 2010

COPAS DO MUNDO.


- O Brasil é conhecido como “o país do futebol”, entre outras razões, porque foi o único que participou de todas as Copas e aquele que ganhou mais vezes o título de campeão mundial: na Suécia (1958), no Chile (1962), no México (1970), nos Estados Unidos (1994) e na Coréia e no Japão (2002). Durante os jogos da Copa, a paixão pelo futebol contagia o país inteiro. Diante da televisão, as pessoas vibram e se emocionam, torcem a cada gol, a cada jogada da seleção.

- A proposta da FIFA (Fédération Internationale de Football Association) de organizar um campeonato entre os países membros da federação vem desde a sua fundação, em 1904. Mas foi somente em 1930 que o evento se concretizou. O primeiro Mundial, realizado no Uruguai, contou com a organização dos franceses Jules Rimet e Henry Delanay. A seleção uruguaia foi a primeira a conquistar o título. Ao longo dos anos, o torneio só deixou de ser realizado duas vezes: durante a Segunda Guerra, em 1942, e no pós-Guerra, em 1946.
- Na primeira Copa, os torcedores no Brasil precisavam aguardar as manchetes dos jornais para saber os resultados dos jogos. O país só pôde acompanhar uma partida do Mundial pela rádio em 1938. Nessa época, os torcedores ainda podiam conferir os melhores momentos dos jogos nas telas de cinema alguns dias depois.
- Com o fim da Segunda Guerra, em 1945, e a Europa devastada pelo conflito, o Brasil foi o único candidato oficial para sediar a quarta edição do Mundial. A competição foi marcada, então, para 1950. Dessa vez, a imprensa e os torcedores no país puderam ver de perto os jogos. A seleção brasileira, apoiada pela torcida que lotava o Maracanã, venceu o México por 4 a 0, empatou com a Suíça em 2 a 2, ganhou da Iugoslávia por 2 a 0, goleou a Suécia por 7 a 1 e a Espanha por 6 a 0. Bastava o empate para o Brasil ser campeão pela primeira vez. Mas o resultado não foi o esperado. O Brasil perdeu na final para equipe do Uruguai, pelo placar de 2 a 1. O autor do segundo gol uruguaio, o jogador Ghiggia, relembraria a conquista do título no Maracanã, anos mais tarde, dizendo: “Somente três pessoas calaram o Maracanã, o Papa, o Frank Sinatra e eu”. A derrota foi uma das maiores decepções da história do futebol brasileiro.
- No começo da década de 1950, chegaram os primeiros televisores no país. De 1954 a 1966, a transmissão dos jogos era acompanhada de narração nos moldes radiofônicos: os canais exibiam uma fotografia da seleção brasileira, enquanto o locutor irradiava a partida. Na Copa do Mundo da Inglaterra, em 1966, ainda não era possível transmitir ao vivo as partidas para o Brasil, e as imagens eram exibidas com mais de um dia de atraso.
- A transmissão ao vivo das partidas para o Brasil só aconteceu em 1970, na Copa do México. Até então, obviamente, por mais detalhada que fosse uma locução no rádio, muitas vezes não se conseguia expressar o quão genial e brilhante tinha sido uma jogada, um passe ou um gol. O então diretor de jornalismo da Rede Globo, Armando Nogueira, relembra a emoção que tomou o país após a conquista do tricampeonato: Todo mundo tinha visto tudo: o passe de Gérson, desafiando a aerodinâmica, o chute longuíssimo de Pelé, esgarçando a angústia do goleiro tcheco, o replay do gol de Jair contra a Inglaterra, a volta olímpica de Tostão no colo da multidão”.
- A Rede Globo foi a única televisão brasileira que acompanhou, desde a sua inauguração, em 1965, todas as Copas do Mundo.
- Nas primeiras transmissões realizadas pelas emissoras na Europa, a competição atingia “apenas” 1,6 milhões de telespectadores. Hoje, trata-se de um espetáculo assistido por bilhões de pessoas ao redor do mundo, que podem ver e rever cada drible, cada lance, cada gol de todos os jogos disputados no Mundial.

[Fonte: BELLOS, Alex. “Futebol – O Brasil em campo”. Jorge Zahar Editora, Rio de Janeiro, 2002; Copa e Comunicação, Aldeia Global, 1974; “O Brasil em todas as Copas”. In: Estado de S. Paulo, 29/05/1986; “Forma de ver a Copa nunca mais será a mesma”. In: Estado de S. Paulo, 14/07/2002; “História das Copas”. In: Folha de S. Paulo, 06/1994; “Copa rendeu US$ 11,8 milhões à TV Mexicana”. In: Jornal do Brasil, 23/07/1986; EGYPTO, Luiz. “O coração de chuteiras”. In: Revista Imprensa, 05/1990.]