Ele morreu em casa, na manhã desta segunda-feira (29).
Armando sofria de câncer no cérebro desde 2007.
Do G1, no Rio, com informações da TV Globo
O ex-diretor da Central Globo de Jornalismo e comentarista esportivo Armando Nogueira, de 83 anos, morreu por volta das 7h desta segunda-feira (29), em seu apartamento, na Lagoa, na Zona Sul do Rio.
Ele sofria de câncer ele estava muito doente desde 2007, quando descobriu a doença.
Biografia
Torcedor apaixonado pelo Botafogo, em especial, de futebol, acompanhou diversas Copas do Mundo a partir de 1954 e dos Jogos Olímpicos, a partir de 1980.
Armando nasceu no Acre e veio para o Rio de Janeiro com 17 anos, onde se formou em direito. A carreira de jornalista começou em 1950, no jornal Diário Carioca, onde foi repórter, redator e colunista. Ao longo dos 60 anos de carreira, passou também pela Revista Manchete, O Cruzeiro, Jornal do Brasil.
O jornalista trabalhou ainda na Rede Bandeirantes, e atualmente estava no SportTV, onde apresentava o programa Papo Com Armando Nogueira, e na Rádio CBN, onde participava do CBN Brasil.
Estilo de escrita
Armando Nogueira é dono de um estilo original e elegante, que foge dos lugares comuns que proliferam na crônica esportiva. Pode-se dizer que fez escola, pois vários repórteres esportivos tentam imitá-lo.
Não raro, Armando extravasa sua veia poética para demonstrar sua admiração pelo esporte e por seus ídolos. Algumas de suas frases inspiradas se tornaram antológicas. A seguir, alguns exemplos.
* Sobre futebol e caráter: O futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela.
* Sobre a vitória na Copa de 1970: Choremos a alegria de uma campanha admirável em que o Brasil fez futebol de fantasia, fazendo amigos. Fazendo irmãos em todos os continentes.
* Sobre Garrincha e sua habilidade para driblar: Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifundio.
Apesar de todas as homenagens - merecidas - da Globo, o que não foi contado é que Armando Nogueira, um jornalista ético, foi afastado da editoria da Globo ao se insurgir contra a rasteira e pouco ética edição do debate entre Lula e Collor promovida pela Globo e passou a dedicar-se somente aos esportes.
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